quinta-feira, 25 de abril de 2013

EUA investe US$ 17,7 milhões em 4 refinarias para desenvolver biocombustível militar

Nós aqui investimos mais de R$ 2 bi (US$ 1 bi) para nada ser mudado na indústria do etanol, e nos Estados Unidos, com apenas 18% deste valor, eles constroem 4 novas bio-refinarias. Tudo bem que em escala piloto, mas as coisas andam muito mais rápido fora do Brasil.

Veja a matéria também no site da MaxiQuim http://www.maxiquim.com.br/site/maxigip_ver.php?id=1497
(necessita de cadastro, que é gratuito)

EUA investe US$ 17,7 milhões em 4 refinarias para desenvolver biocombustível militar

EUA investe US$ 17,7 milhões em 4 refinarias para desenvolver biocombustível militar

O Departamento de Energia dos EUA anunciou investimento de US$ 17,7 milhões em projetos de quatro refinarias, em escala piloto, visando desenvolvimento de combustível de aviação e diesel com especificação militar. Cobalt Technologies, Mercurius Biofuels, BioProcess Algae e Frontline BioEnergy foram selecionadas para as negociações e terão que contribuir com um mínimo de 50% do fundo correspondente para esses projetos. As refinarias utilizarão matérias-primas como biomassa não alimentar, materiais à base de resíduos e algas em inovadores processos de conversão para produção de biocombustíveis que atendam às especificações militares para uso nos carros, caminhões, aviões, jatos e navios do serviço militar americano.
Frontline BioEnergy, uma das maiores empresas gaseificadoras de biomassa para projetos de energia da América do Norte, localizada em Iowa, receberá US$4,2 milhões para construir uma nova planta que utilizará biomassa lenhosa, resíduos sólidos urbanos e combustíveis derivados de rejeitos para produzir amostras de biocombustíveis que atendam
às especificações militares.

Também no estado de Iowa, a BioProcess Algae, uma joint venture entre CLARCOR, BioProcessH2O e Green Plains Renewable Energy, receberá US$6.4 milhões para o projeto que vai avaliar uma plataforma inovadora de crescimento de algas para produção de combustíveis que atendam às especificações militares, utilizando dióxido de carbono renovável, biomassa lignocelulósica e calor. A refinaria ficará localizada juntamente com a usina de etanol da Plains Renewable Green Energy em Iowa, integrando baixo custo de produção de algas autotróficas, produção de lipídios acelerada e conversão de lipídios. Além do combustível militar, a unidade também vai co-produzir produtos adicionais, incluindo outros hidrocarbonetos, glicerina e ração animal.

Cobalt Technologies, da Califórnia, vai receber um total de US$ 2,5 milhões e pretende construir uma unidade em escala piloto, para purificar e converter butanol derivado da gramínea switchgrass em combustível de aviação. A Cobalt irá operar a refinaria e também avaliar a escalabilidade do processo e as emissões de gases de efeito estufa da instalação. Na semana passada a Cobalt Technologies anunciou um relacionamento estratégico com duas importantes empresas químicas asiáticas não reveladas para o desenvolvimento de butadieno derivado de biomassa e construção de sua 1ª refinaria em escala comercial na Ásia, prevista para 2015.

Cerca de US$ 4,6 milhões foram concedidos à Mercurius Biofuels, empresa de Washington, produtora de combustível a partir de biomassa não alimentar. A empresa vai construir e operar uma planta piloto que utilizará um processo inovador de conversão de biomassa celulósica em intermediários que são posteriormente processados em combustível de aviação e produtos químicos.

Os biocombustíveis avançados são uma parte importante da estratégia do presidente Barack Obama para reduzir a dependência americana do petróleo estrangeiro e melhorar a segurança energética. O projeto marca um passo importante para a produção de combustíveis a partir de recursos renováveis encontrados nos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário