segunda-feira, 13 de maio de 2013

Bio-SAP (polímero super absorvente)



Os polímeros Super absorventes (Superabsorbent polymers - SAP) são polímeros que podem absorver e reter quantidades enormes de líquido em relação às suas próprias massas.

Os polímeros que absorvem água, os chamados “hidrogels”, absorvem soluções aquosas através da ligação das moléculas de água com um hidrogênio presente na molécula do polímero. A capacidade de absorção do SAP varia conforme a concentração de íons iônicos na solução. Em ;agua destilada e deionizada, o SAP pode absorver 500 vezes o seu próprio peso (de 30-60 vezes o volume) e pode voltar a ser 99.9% líquido quando colocado em uma solução salina, e a absorvência cai para 50 vezes o seu peso. Já a presença de íons catiônicos vai bloquear a habilidade do SAP de realizar ligações com o hidrogênio.


Quote startPolímeros super-absorventes (SAP): A produção global de SAP está projetado em 1,9 milhões de toneladas métricas até o ano de 2015.Quote end

Os fatores que contribuem para o rápido crescimento da demanda de SAP globalmente são o envelhecimento da população e o crescimento da consciência sobre saúde dos consumidores. Portanto, o crescimento da demanda por produtos de higiene e fraldas descartáveis são os maiores contribuintes da alta demanda do SAP como matéria-prima.

Os avanços tecnológicos associados ao SAP estão também contribuindo para a expansão das aplicações finais. Em particular, o SAP biodegradável é esperado ser um divisor de águas no crescimento do mercado. O foco em produtos sustentáveis está contribuindo para a popularidade dos super-absorventes verdes, ou baseados em material biológico (não provenientes do petróleo). Além de serem alternativas politicamente corretas, os super-absorventes biológicos apresentam altos índices de absorvência e retenção de líquidos.

Consequentemente, os SAP verdes estão sendo utilizados em aplicações na área de higiene pessoal, como fraldas descartáveis , produtos de higiene feminina e incontinência urinária. Outra aplicação que demanda SAP verde 'e em embalagens para alimentos e outras aplicações industriais.

Atualmente, a Europa e os Estados unidos dominam cerca de 60% do mercado global de SAP em volume de vendas. As regiões da Ásia, Oriente médio e América Latina, porém, centralizam as maiores oportunidades de crescimento do setor, principalmente na China, Índia e Brasil.


Para produzir super-absorventes verdes, pode-se partir de polissacarídeos (amido, celulose e gomas naturais como guar e xantam); e várias estruturas proteicas, como colágeno, proteína de soja e de ovo.

Algumas empresas já oferecem o bio-SAP no mercado atualmente, como a ADM, com a marca patenteada BioSAP™. A empresa garante que o rendimento deste polímero baseado em matérias-primas renováveis é igual ao polímero produzido a partir do petróleo. Este polímero é produzido a partir de amido modificado, o que torna o polímero hipoalergênico, não tóxico e seguro. O que mantém o SAP oriundo do petróleo como produto tóxico, é que podem existir mínimas concentrações de seus monômeros, como o ácido acrílico ou a acrilamida em sua formulação, que são produtos considerados perigosos e com potencial tóxico e alergênico.

Outra empresa que fornece SAP biodegradável é a Harnit Orgochemi, de capital indiano.
 
 
Copyright: Harnitorgochemi





Com a marca EcoSafe-SAP, a empresa oferece alta qualidade e desempenho nas aplicações de higiene e cuidados pessoais, agricultura, como absorvente na indústria de papel, entre outros, como transporte de alimentos frescos e diversas embalagens.

Por fim, a Exotech, uma empresa israelita baseada em Kiryat Gat, anunciou que desenvolveu um polímero único, um composto macromolecular chamado etileno-bis-esteramida (EBS), que além de possuir as mesmas características do rival feito de ácido acrílico, como é mais barato, mais disponível e mais seguro para uso humano e para o meio-ambiente. A empresa ainda declara que o polímero se degrada totalmente em dois meses. O EBS consiste em 2 ingredientes principais, a gelatina e a estearina – ambos compostos que se dissolvem em água.

O que me pergunto é, por que esse material já utilizado como lubrificante e aditivo para a fabricação de plásticos nunca foi testado como super absorvente? E ainda mais, este produto não é 100% renovável, uma vez que necessita de etilenodiamida (EDA) para a reação com ácido esteárico. Mesmo assim, se o desenvolvimento de um polímero a  base de EBS foi desenvolvido, este está a meio caminho de ser um polímero 100% natural.

Outra aplicação que a empresa israelita desenvolveu é a utilização do polímero na agricultura, como reserva de água para as plantações, quando aplicado diretamente no solo.


Fontes:

http://www.prweb.com/releases/super-absorbent_polymers/Technical_SAP/prweb4060554.htm

 http://www.adm.com/en-US/products/industrial/superabsorbents/Pages/default.aspx

 http://israel21c.org/environment/the-super-israeli-superabsorbent/

 http://www.harnitorgochemi.com/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Solazyme expande produção de óleos renováveis

 
A Solazyme e a Archer-Daniels-Midland Company (ADM) anunciaram acordo estratégico para a fabricação e comercialização de óleos renováveis. Esses óleos terão como destino principal o setor industrial e de nutrição animal na América do Norte.

A produção de óleos a partir de algas será realizada pela Solazyme na planta da ADM em Clinton, Iowa. A partida da planta está programada para o início 2014, quando a produção deverá ser de 20 mil toneladas por ano, devendo aumentar para 100 mil toneladas nos anos seguintes. A ADM irá fornecer dextrose para a fermentação, vapor e energia.

Além do acordo com a ADM, a empresa está construindo juntamente com a Bunge, através da joint-venture, Solazyme Bunge Renewable Oils, uma unidade para a produção de óleos renováveis a partir de cana-de-açúcar, próximo à unidade de etanol Moema, da Bunge, localizada no interior do estado de São Paulo. O início das operações está previsto para o final de 2013, com capacidade inicial de produção de 100 mil toneladas por ano. Até 2016 a Bunge pretende introduzir a tecnologia em outras plantas, expandindo a capacidade de produção para 300 mil toneladas por ano.

A Solazyme também possui uma joint-venture com a Roquette Freres, que produz 300 toneladas de óleo na França e está programada para expandir sua capacidade para 5 mil toneladas ainda em 2012.

Para a produção de óleos, a Solazyme desenvolveu tecnologia própria baseada em microalgas heterotróficas, que se adaptam a diferentes fontes de açúcar.

Fonte: http://www.maxiquim.com.br/site/news/solazyme-expande-producao-de-oleos-renovaveis/1395

Usinas de etanol da ADM operam em plena capacidade


Usinas de etanol da ADM operam em plena capacidade

Usinas de etanol da ADM operam em plena capacidade
Archer Daniels Midland Company é uma das maiores processadoras agrícolas do mundo, produtora de alimentos, ração animal, combustíveis renováveis e alternativas de matéria-prima ecológica para produtos químicos tradicionais. No segmento de combustíveis renováveis a ADM produz biodiesel, ésteres metílicos de canola, glicerina bruta e refinada e etanol derivado do milho. Esta semana, a ADM informou que todas as suas usinas de etanol foram reativadas durante o primeiro trimestre de 2013 e estão operando em plena capacidade, pois os preços do milho caíram nos últimos meses graças aos estoques mais elevados, resultando em melhores margens. Além disso, a empresa trabalha em parceria com outras empresas e instituições de pesquisa para desenvolver a próxima geração de biocombustíveis, feitos a partir de fontes celulósicas.

Em novembro de 2012 a empresa fechou acordo estratégico com a Solazyme para fabricação e comercialização de óleos renováveis na planta da ADM em Clinton, Iowa. A partida da planta está programada para o início 2014, quando a produção deverá ser de 20 mil toneladas por ano, devendo aumentar para 100 mil toneladas nos anos seguintes.


Outro produto que a ADM desenvolveu é o Propileno Glicol (PG), que contém apenas matérias-primas renováveis, com processo que evita emissões de lixo químico, que são reciclados ou utilizados como insumos para outros processos. A empresa utiliza a glicerina, que é sub-produto da produção de biodiesel, para a produção do propileno glicol. O processo não utiliza solventes e até o catalisador é reciclado.

Entre diversas aplicações, o propileno glicol pode ser aplicado como fluido para trocas térmicas, fabricação de fragrâncias e cosméticos, alimentação humana ou animal e excipientes farmacêuticos, entre outros.




Fonte: Maxiquim
http://www.maxiquim.com.br/site/maxigip_ver.php?id=1507

ADM site: Copyright 2013 Archer Daniels Midland Company Inside(out)Online Privacy StatementTerms of UseCompliance
 

domingo, 5 de maio de 2013

Rennovia obtém PA 6.6 100% derivado de matéria-prima renovável

Rennovia obtém PA 6.6 100% derivado de matéria-prima renovável
A Rennovia, empresa que desenvolve catalisadores e processos para produção de produtos químicos, está focada na criação de novos processos para a produção economicamente vantajosa de commodities e especialidades químicas a partir de matérias-primas renováveis.

A empresa anunciou que obteve sucesso em uma rota de produção com menor custo para produzir hexametilenodiamina (HMD) diretamente de matérias-primas renováveis. HMD é um dos precursores para a produção de nylon 6.6 a partir de ácido adípico.
Utilizando ácido
adípico renovável, é possível produzir nylon 6.6 100% derivado de matéria-prima renovável, utilizando tecnologia de catalisador químico. O processo de HMD em escala de demonstração é o próximo passo da empresa.
Os custos projetados para produção do HMD de fonte renovável da Rennovia ficam em torno de 20-25% abaixo dos custos de produção do HMD convencional, à base de petróleo e apresentam o benefício adicional de redução de 50% do gás de efeito estufa. Atualmente, o HMD é produzido a partir de propeno ou butadieno derivado do petróleo, representando um mercado global de mais de US$4 bilhões. O HMD é utilizado para produção de nylon 6.6 para aplicações em resina e fibras, bem como em poliuretanos. Estes são utilizados em uma vasta gama de bens de consumo, incluindo peças automotivas, tintas, pneus, sapatos, roupa e carpetes.
A empresa planeja também uma unidade de demonstração comercial para produção de ácido adípico de fonte renovável para 2014, concebida para permitir scale-up para escala comercial de 135.000 toneladas/ano em 2018.
Rennovia está confiante de que o seu ácido adípico de fonte renovável terá custo altamente competitivo comparado com o ácido adípico derivado de petróleo e também aos demais produzidos atualmente a partir de fontes renováveis. Além da Rennovia, a Verdezyne, a BioAmber, a DSM e a Genomatica também investem no desenvolvimento de ácido adípico de matéria-prima renovável.
O processo da Rennovia tem um alto potencial para ter custo competitivo porque a bio rota tem a vantagem de utilizar matéria-prima ao custo de US$300/tonelada de glicose em comparação com ciclohexano que tinha um preço de US$1250/tonelada em 2012. No entanto, os desafios da Rennovia incluem a capacidade para alcançar uma elevada seletividade de matéria-prima e a produtividade do catalisador.
A produção de ácido adípico convencional atualmente ocorre em sua maioria através da oxidação de ciclohexano. Os principais produtores mundiais incluem Invista, Ascend, Honeywell, BASF, Radici, China Shenma e PetroChina. O preço médio do ácido adípico foi estimado em US$1600/tonelada em 2012.

Fonte: http://www.maxiquim.com.br/site/news/rennovia-obtem-pa-6-6-100-derivado-de-materia-prima-renovavel/1501

Biopoliamida é o plástico de origem renovável do momento

Biopoliamida é o plástico de origem renovável do momento 

           Biopoliamida é o plástico de origem renovável do momento

A demanda por poliamidas derivadas de matéria-prima renovável aumentou substancialmente nos últimos anos, especialmente pelas aplicações nos segmentos de veículos leves e no mercado de extração de petróleo e gás. As biopoliamidas são produzidas a partir de óleo de mamona, que tem apresentado volatilidade nos preços atualmente devido à produção flutuante do óleo, especialmente na Índia, maior produtor e exportador, seguido pela China e Brasil.

As poliamidas derivadas de matéria-prima de fonte renovável produzidas são, em sua maioria, PA10 compostas por 100% de óleo de mamona como matéria-prima. Arkema é a única produtora de PA11, também 100% de fonte renovável.
Recentemente, a Arkema adquiriu 25% da Ihsedu Agrochem, uma subsidiária da Jayant Agrochem, produtora de óleo de mamona, formando uma joint venture. A estratégia é garantir o abastecimento seguro e competitivo para o óleo de mamona.

A Evonik, líder mundial em especialidades químicas, está ampliando sua capacidade de produção de biopoliamida em Xangai, na China, desde o ano passado. A empresa possui uma linha de poliamidas derivadas de fonte renovável, VESTAMID Terra. Sua poliamida PA 6.10 é 62% derivada de fonte renováveis, a poliamida PA 10.10 é 100% derivada de óleo de mamona e a PA 10.12 contém entre 45% e 100%. A Evonik promete novidades no grade de poliamida 12, especialmente desenvolvido para atender às demandas técnicas do mercado de petróleo e gás. A empresa também possui a linha TEGOLON ECO 10.10, utilizadas em formulações cosméticas.

Em fevereiro, a DSM anunciou a utilização da sua poliamida derivada de óleo de mamona EcoPaXX PA 4.10 em escala industrial na tampa do motor da Mercedes Benz Classe A. Este mês, a DSM anunciou que o seu parceiro MF Folien, especialista na produção de filmes de poliamida, desenvolveu com sucesso um novo filme baseado na sua poliamida EcoPaXX PA 4.10. As aplicações incluem embalagens flexíveis para alimentos, construção civil, segmentos médico, de aviação e transporte. De acordo com MF Follen, os filmes são fortes, transparentes, com alta resistência à perfuração, reduzem o índice de umidade, de transmissão e barreira ao oxigênio; comparável aos filmes com PA 6.
Em 2012 o Grupo Radici apresentou sua poliamida D RADILON 6.10, feita com 64% de matéria-prima proveniente de óleo de mamona.

Outras empresas também apostam na poliamida de fonte renovável, como a Rhodia, a BASF e DuPont.

Em maio de 2012, a Rhodia anunciou ampliar a oferta de produtos sustentáveis para o setor automotivo e de transportes. A empresa do grupo Solvay, e a DYTECH, empresa do setor de autopeças, desenvolveram no Brasil um produto inovador a partir do plástico de engenharia Technyl® eXten --- uma poliamida 6.10 derivada em parte de óleo de mamona, de fonte renovável.

O novo produto, que reduz o impacto ambiental tanto dos processos de produção quanto das aplicações finais, pode ser utilizado na confecção de tubulações para combustíveis, servo freio, embreagens e dutos de óleo para veículos leves e pesados. A novidade já foi homologada em diversos clientes finais das duas empresas, substituindo com vantagens aplicações que atualmente usam PA12, de origem totalmente petroquímica.

Fontes:

http://www.maxiquim.com.br/site/news/biopoliamida-e-o-plastico-de-origem-renovavel-do-momento/1491

http://www.rhodia.com.br/pt/news_center/news_releases/Rhodia_e_Dytech.tcm