Plásticos biodegradáveis
Sem petróleo na composição, os bioplásticos levam apenas algumas semanas para se degradar e já são comuns em embalagens
Impulsionadas pelos preços do petróleo e pela crescente consciência ecológica, as
pesquisas com plásticos obtidos de matérias-primas vegetais ganham espaço. "Além de dispensar o petróleo, o bioplástico se degrada rapidamente", explica João Carlos de Godoy, diretor de tecnologia e inovação da Biomater, empresa de materiais biodegradáveis.
Enquanto o produto tradicional demora até 500 anos para desaparecer na natureza, o bioplástico leva 18 semanas. Desenvolvido em parceria com a Unicamp, a Universidade Federal de São Carlos e a USP de São Carlos, o bioplástico pode ser manipulado no mesmo maquinário que a versão convencional, o que facilita a adoção pela indústria. "Estamos pesquisando usos na construção civil em aplicações como telas de proteção de fachada", diz João Carlos.
Atualmente, as empresas do setor estudam sistemas de certificação e rastreabilidade (para identificar os responsáveis caso o produto não se biodegrade no tempo prometido), além de um logotipo que identifique o bioplástico para facilitar sua separação nas recicladoras. Mas o maior empecilho ainda é o preço entre o dobro e o triplo do plástico de petróleo.
pesquisas com plásticos obtidos de matérias-primas vegetais ganham espaço. "Além de dispensar o petróleo, o bioplástico se degrada rapidamente", explica João Carlos de Godoy, diretor de tecnologia e inovação da Biomater, empresa de materiais biodegradáveis.
Enquanto o produto tradicional demora até 500 anos para desaparecer na natureza, o bioplástico leva 18 semanas. Desenvolvido em parceria com a Unicamp, a Universidade Federal de São Carlos e a USP de São Carlos, o bioplástico pode ser manipulado no mesmo maquinário que a versão convencional, o que facilita a adoção pela indústria. "Estamos pesquisando usos na construção civil em aplicações como telas de proteção de fachada", diz João Carlos.
Atualmente, as empresas do setor estudam sistemas de certificação e rastreabilidade (para identificar os responsáveis caso o produto não se biodegrade no tempo prometido), além de um logotipo que identifique o bioplástico para facilitar sua separação nas recicladoras. Mas o maior empecilho ainda é o preço entre o dobro e o triplo do plástico de petróleo.
A maioria dos plásticos produzidos no mundo são sintéticos, compostos derivados de petróleo e demoram de 200-400 anos ou mais para se degradarem. No Brasil a produção é de 4,2 milhões de toneladas por ano.
O problema maior dessa grande demanda é que estudos mostram que somente 15% dos plásticos de uso comum são reciclados, devido à dificuldade para separar a grande diversidade existente, custos de lavagem, contaminação de água/tratamento de efluentes, elevados custos de logística para transporte e manuseio desses materiais.
As pesquisas iniciais na busca de materiais biodegradáveis começaram há muito tempo. Vários produtos estão no mercado há mais de uma década. Recentemente a biotecnologia demonstrou grandes avanços na obtenção e produção de materiais plásticos biodegradáveis/compostáveis provenientes de fontes agrícolas renováveis.
As pesquisas iniciais na busca de materiais biodegradáveis começaram há muito tempo. Vários produtos estão no mercado há mais de uma década. Recentemente a biotecnologia demonstrou grandes avanços na obtenção e produção de materiais plásticos biodegradáveis/compostáveis provenientes de fontes agrícolas renováveis.
Técnicas em biotecnologia incluindo fermentação, microbiologia, polimerização, nanotecnologia, modificação de óleos vegetais, amidos, celulose, combinadas com a química tradicional baseada em produtos naturais e a síntese de polímeros estão possibilitando a inserção no mercado de diversos novos materiais termoplásticos e compósitos naturais como alternativas economicamente viáveis aos materiais provenientes de recursos fosseis não renováveis, como os derivados de petróleo, quando observado a analise ciclo de vida desses materiais e seus impactos ambientais.
Um exemplo, é a empresa norte-americana Nature Works LLC, que é uma empresa independente criada inicialmente como investimento entre Cargill e PTT Global Chemical. A nature Works desenvolveu uma bio-resina a partir de plantas, chamada Ingeo. Esta resina é utilizada como matéria-prima para a produção de bio-plásticos ou plásticos biodegradáveis.
Como é produzido
Neste panorama, o "plástico biodegradável", aparece como uma tecnologia emergente e uma grande alternativa para a agricultura, para a indústria e o meio ambiente, tem sido alvo de atenções como um material polimérico que não sobrecarrega o meio ambiente. Também por sua natureza de se harmonizar com os organismos, tem gerado expectativas por novos desdobramentos na área de biologia e medicina, no papel de material funcional orgânico (biomaterial).
A indústria de bioplásticos, a nível mundial, assinou um acordo unilateral de “não utilização de transgênicos”, ou seja, fontes agrícolas geneticamente modificadas (GMO) como matérias-primas para obtenção de biopolímeros e derivados.
Numa época em que ocorre o aquecimento global do planeta, a exaustão dos recursos fósseis se aproxima, ou seja, uma deterioração do ambiente terrestre, busca-se com mais ênfase uma solução alternativa a escalada de preços dos derivados de petróleo. Entre as linhas mestras da estratégia biotecnológica, lançada recentemente, pode-se encontrar o "plástico biodegradável" como um dos itens para a utilização eficaz da biomassa.
Muitos paises estão suportados por políticas governamentais objetivando a pesquisa e o desenvolvimento desse mercado, apoiados em legislação competente que formam a base para eficiência na utilização desses materiais. No cenário mundial aparece com destaque a Europa (Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Áustria, Uk, Polônia e Itália) com mais de 1600 produtos comerciais certificados no mercado, o Japão e Austrália com 1200 certificados emitidos, USA e Canadá com mais de 600.
Embora já exista legislação específica sobre o assunto em muitos paises, a cadeia produtiva ainda esta se organizando e o processo de criação de entidades “certificadoras” e a adoção de padrões internacionais estão ocorrendo conforme o desenvolvimento local do mercado. Concretamente existem muitos outros paises com iniciativas de ampliação de utilização e articulação da política industrial integradas ao tratamento de resíduos sólidos e programas de lixo zero.
Rótulo ambiental
O rótulo indica claramente informações tanto sobre a origem biológica (quantidade de matérias-primas renováveis biológicos) e sobre a sua biodegradabilidade e compostabilidade. Ele também traz informações sobre reciclagem (para reduzir a possibilidade de contaminação cruzada com outros polímeros biodegradáveis), bem como a possibilidade de poupança de energia através de incineração.O consumidor é, assim, informados sobre o verdadeiro significado do termo "bioplástico", com a declaração explícita das características fundamentais que justificam a utilização do prefixo "bio".
Biodegradação
O processo de “biodegradação e compostabilidade” já são familiares a muitas pessoas como sendo a característica de substâncias naturais serem assimiladas por microrganismos presentes no solo em um ciclo natural curto até o seu desaparecimento completo.
Compostagem
Compostagem é o processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica contida em restos de origem animal e vegetal formando um composto.
Propicia um destino útil aos resíduos orgânicos agrícolas, industriais e domésticos.
Reciclar a matéria orgânica do resíduo é uma atitude cada vez mais valorizada pela sociedade e demonstra preocupação com as questões ambientais, além de ser a destinação mais racional no momento.
Por que compostagem?
• A compostagem é a solução para remediar os resíduos orgânicos. Sua adoção permitirá portanto o tratamento de quase 60% do lixo gerado no Brasil.
• Esta alternativa complementa a reciclagem de plásticos, papéis, vidro e etc. Não se perde o investimento já feito até o momento nas estruturas de coleta seletiva e cooperativas.
• A compostagem possibilita a continuidade da atividade produtiva das comunidades de trabalhadores (de coleta seletiva, das fábricas recicladoras) e abertura de novos postos de trabalho nas centrais de compostagem.
• O produto da compostagem – adubo de primeira qualidade – pode ser utilizado em jardins, hortas, substrato para plantas e na adubação de solo para produção agrícola em geral.
• Crédito de Carbono: Existe trabalho aprovado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas em crédito de carbono em centrais de compostagem.
• No processo de decomposição em compostagem, por ser aeróbico não ocorre a formação do GEE
• REVALORIZAÇÃO e APROVEITAMENTO agrícola da Matéria Orgânica.
Ciclo de Vida
De acordo com a norma internacional, sob condições controladas, em até 180 dias os plásticos biodegradáveis compostáveis se tornarão gás carbônico, água e biomassa (húmus). Portanto o que foi produzido na compostagem dos resíduos servirá agora de recurso para a produção de sua matéria prima, pois para que uma planta cresça e se desenvolva, é necessário basicamente, de terra rica em nutrientes, além de água e gás carbônico para realização do processo de fotossíntese (12 H2O + 6 CO2 → 6 O2 + 6 H2O + C6H12O6), evitando o aumento da concentração de CO2 na atmosfera terrestre e consequentemente do aumento do aquecimento global.
Há varias razões para apoiar a inovação dos polímeros biodegradáveis e compostáveis, aspectos ambientais estão no topo da lista. Vários estudos de ACV (Análise do Ciclo de Vida) têm documentado uma economia significativa no consumo de energia fóssil e consideráveis reduções nas emissões de CO2 para os diferentes tipos de produtos biodegradáveis e compostáveis.
Há varias razões para apoiar a inovação dos polímeros biodegradáveis e compostáveis, aspectos ambientais estão no topo da lista. Vários estudos de ACV (Análise do Ciclo de Vida) têm documentado uma economia significativa no consumo de energia fóssil e consideráveis reduções nas emissões de CO2 para os diferentes tipos de produtos biodegradáveis e compostáveis.
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