domingo, 23 de setembro de 2012

Biocombustiveis II

O biodiesel

O biodiesel está em pauta nos meios de comunicação e são alvo de atenção das grandes empresas. Nos últimos 4 anos, muitas empresas desenvolveram processos e parcerias, para o aumento da produção de biodiesel, e consequentemente, uma grande queda nas emissões de CO2. Estima-se que o transporte rodiviário seja responsável por 74%  do total de emissão de CO2 do setor de transportes (fonte: site da Amyris).

Apenas para citar alguns exemplos, a Vale criou a empresa Vale Energia Limpa, que aposta na rota termoquímica (em parceria com o grupo europeu SGC), pensando em grandes plantas a partir de palma, como o dendê.

A empresa Amyris ocupou intensamente a mídia, fato natural sendo uma empresa que realizou seu “IPO” ao longo deste ano. A empresa foi avaliada em US$ 680 milhões e teve suas ações inicialmente negociadas a US$ 16, um pouco abaixo da expectativa. Pouco tempo depois, as ações já atingiram os valores esperados, acima de US$ 20. No Brasil, a empresa iniciou testes em veículos da frota SPTrans, na cidade de São Paulo, em parceria com a Mercedes-Benz. Resultados preliminares mostram significativa redução nas emissões. Ao longo de 2011, são previstos avanços principalmente no “scale up” do processo, ou seja, na engenharia de aumento de escala.

A LS9 é uma empresa que possui estratégia de “low profile” quando comparada à Amyris. Todavia, seu processo, que também parte do açúcar para chegar a um diesel renovável, vai ainda mais além por permitir a produção de metil ésteres utilizando a E. coli proprietária, modificada geneticamente. Essa diferença é sutil, pois, sendo metil éster, esse produto enquadra-se na tabela de especificações do biodiesel de acordo com a resolução vigente da ANP. De fato, o laboratório Greentec/UFRJ recebeu amostra da LS9 e comprovou que esse produto pode ser considerado biodiesel em todos os itens previstos pela ANP.

A empresa Ourofino, de Ribeirão Preto (SP), é outra que conseguiu grandes avanços na escala de produção de óleos a partir de açúcares (melaço) e vinhaça. O Greentec/UFRJ também recebeu amostras da Ourofino e comprovou que o biodiesel gerado atende a especificação da ANP. A grande vantagem da Ourofino é não utilizar um microorganismo geneticamente modificado – uma significativa vantagem nas barreiras de biosegurança.

Fonte: BiodieselBR

Vale a pena ler mais em O Biodiesel no Brasil

Para finalizar, vale a pena investir alguns minutos a mais no site da GreenTec

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